sexta-feira, 19 de agosto de 2016

RELAÇÕES, SILÊNCIO, VERDADE

eNTÃO...

As relações humanas são sempre surpreendentes. Bate-se o olho em alguém. Sem qualquer justificativa pertinente, sente-se dali um germe de afeição. Trocam-se meia duzias de palavras. "Puxa, gente boa" - é o que se pensa. E os brotos vem. Somente o tempo, porém, revelará o fragor das flores e o gosto dos frutos.

Sim, ledores, falo de modo geral. Por "relações" pode-se imaginar afetos passionais ou fraternos, familiares, profissionais ou lúdicos. Onde há pessoa humana, há naturalmente ambiente sociopolítico. E por mais reservado que um indivíduo seja, ainda assim percebe-se influenciado e influenciante. Não se consegue fugir disso.

Como julgar, todavia, o momento em que silêncio se impõe sobre o que outrora se manifestara com muitas palavras, risos, fotos, brincadeiras, comeres e beberes em parceria?

Creio não haver uma fórmula matemática que elucide com perfeição a dúvida que se nos surge na alma em tais situações. Por vezes se sabe a razão do afastamento. Noutras não. Vale a certeza de que tudo o que se viveu foi verdadeiro no instante exato em que existiu. E apenas tal já dá significado à história passada, impulsionando o presente a construir o alicerce do vindouro que se chega.

Prossigamos! Eis a resposta sempre válida.