sexta-feira, 31 de agosto de 2012

UMA NOTA, APENAS UMA...

eNTÃO...


São 14h50. Estou ouvindo "Nos bailes da vida". Essa semana me disseram: "O senhor precisa cantar mais!". Foi bom ouvir. Há muito não canto. Talvez por ser muito exigente tenho me sentido sozinho demais pra cantar. Como cantar se não tenho quem toque? Eis a questão!

Também é possível perguntar: "Por que não tem quem toque?". Essa resposta é fácil e difícil. Por um lado é tranquilo dizer que minha vida mudou de endereço e que meus parceiros músicais ficaram na residência antiga. Por outro lado é chato dizer que não encontrei parceiros nos demais lugares por onde passei depois.

Que fazer? Calar-me tem sido minha escolha. No entanto a música continua sendo meu descanso, meu alimento, a nuvem que me faz passear pelo céu dos sonhos, das emoções, dos sentimentos...

Um nota, apenas uma, e meus olhos brilham, meus ouvidos se aguçam e meu coração se transforma. Apenas uma! Novos parceiros aparecerão, tenho esperança. Enquanto isso, que meu silêncio enriqueça-me de conteúdo.

Deus seja louvado, sempre e por tudo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

DE OZ A OZ

eNTÃO...

Estou assistindo pela terceira vez a série OZ. Ainda adolescente assistia no SBT. Quando a série foi lançada em DVD fiz questão de comprar. Algumas histórias são muito duras e muito tristes. Outras, preferiria não rever. Chama-me a atenção nesta vez em que assisto o fato de que aqueles homens me parecem inconscientemente maus.

O que quero dizer? O meio em que desde sempre vivem, parece licitar seu comportamento. Um verdadeiro darwinismo social. No mundo em que foram criados, sem amor e sem perspectivas, o mais forte que sobreviva. A exceção seria Tobias Beecher, vítima da inconsequência do alcoolista. Falamos dele em outro post!

Revendo OZ lembrei-me de um outro OZ. Sim, daquela cidade onde morou um mágico, o único capaz de fazer Dorothy voltar para seu lar. Uma história maravilhosa, cheia de beleza, amizade e companheirismo. Bem diferente da penitenciária americana, né? Um outro meio, também cheio de limites, porém capaz de favorecer relacionamentos positivos e uma busca por ideal de crescimento em conjunto e não de sobrevivência pessoal.

No meio em que vivemos há limites capazes de colocar-nos num darwinismo social cruel e malévolo e também desafios capazes de colocar-nos num clima de inter-relacionamentos produtivos e solidários. Fica-nos a questão:  Quem é que vai decidir o itinerário que seguiremos? Quem? Sei não!

Ah, num próximo post falamos, além do Beecher, da bruxa do oeste. Ok?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

LACUNAS

eNTÃO...

Estou ouvindo músicas religiosas. Daqui a pouco bênção na UNIMED e aula de inglês. Mais daqui a pouco reunião com equipe de liturgia e, depois, dependendo de como for, uma ou outra visita em vista da abertura do ano da fé paroquial.

A laringe ainda não está legal. Tive uma semana bem difícil devido à crise alérgica. Falando pouco. Cantando nada. Pensando na vida e na morte. Ando cada dia mais propenso pra isso. É... Essa coisa de que só se vive uma vez e nessa única vez em que se vive é impossível experimentar de tudo o que há! O mundo é tão grande e as opções são tantas.

Sim, querido ledor, isso me incomoda. Sou quem sou e sou feliz assim. Todavia há um desejo infinito de infinito dentro de mim. Queria saber mais, fazer mais, conhecer mais, inventar mais, conviver mais, estar mais! Dá pra entender? Nem eu entendo!

Não, não sou maluco. Pelo menos ainda não, rsrsrs... Mas, enfim, os próximos posts terão uma cara mais de crônica que de desabafo. Prometo, viu!?

Beijo no coração de vocês. Fui.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

AMORES POSSÍVEIS - AINDA SÃO PAULO...

eNTÃO...

Ouvir aqueles arquivistas falando sobre arquivos fez-me mais uma vez inquietar-me com os muitos amores humanos.

Acho um exagero sem sentido o tratamento de animais como se fossem humanos. Uma das professoras falou do trato de documentos de arquivos como se fossem humanos necessitados de cuidados médicos.

Quero criticar nem um nem outro caso: animais e papéis. Apenas mencionar o quão interessante é a capacidade humana de se apaixonar pelos mais díspares objetos. Todas as coisas são objeto de paixão de alguém. Doido isso!

Isso me lembra a ontologia clássida ensinando que todos os entes são apetecíveis. Realmente, é verdade. Aff...

ERROS E ACERTOS

eNTÃO...


Já há dias me incomoda pensar me situações em que erros e acertos se misturam. Tudo bem, ledor, darei um exemplo que muito incomodou num post passado: "Todo teu", meu cd.

Sob meu ponto de vista é um erro por ser uma produção desnecessária, culturalmente fraco, dispendiosa financeira e temporalmente e sem perspectivas maiores. Mas é um erro que deu certo devido à qualidade de produção e agradabilidade de audição.

O ícone do Sagrado Coração também se me tornou um misto de erro e acerto. Arrependo-me da luta por ele. Vejo-o com carinho e tristeza. Complicado explicar. Por hora, melhor só pensar.

Sempre queridos ledor e ledora, vós terieis esses mistos em vossa vida? De coração desejo que tenhais bem mais acertos que eu e bem menos desacertos também.

Beijos no coração. Fui.

AINDA SÃO PAULO...

eNTÃO...

Ano passado encontrei Antonio Marcos. Esse ano encontrei Altair. Este vive há 20 km de mim e há anos não nos víamos. Doideira essa vida! Quando estudantes fomos até que muito próximos.

Crescemos muito de lá pra cá, pelo menos em anos de vida, rsrs...

Esses reencontros me obrigam a pensar em como a história aproxima e distância coisas e pessoas. Para cada momento na vida há um rol de elementos importantes. A carência de um deles poderia modificar completamente a realidade conhecida.

É, quem seria eu se meus colegas de estudo de 1999 a 2005 tivessem sido outros ou talvez inexistentes? Penso que eu poderia ser diferente do que sou.

A mesma itinerancia que afasta uns aqui está aproximando outros ali. A saudade aperta o peito cá. A esperança o abre acolá. O importante é viver!

FINITUDE INCOMENSURÁVEL

eNTÃO...

São 11h. Estou apenas digitando, pois o testo foi rascunhado há alguns dias.

Voltei ao blog. Nunca parei com as reflexões locurantes costumeiras à minha personalidade. Apenas estive em recesso produtivo.

Esses dias de curso em São Paulo foram terapêuticos. Consegui me firmar seguro na insegurança. Anos atrás tive pavor da ideia de lá estar por qualquer motivo.

Falo nada com nada, né? É sempre assim. A questão é: todos nos sentimos tão importantes, verdadeiros protagonistas. E o somos. Todavia, ao estarmos numa cidade daquele tamanho, entre tanta gente, nossa finitude se destaca.
 
Na imensidão do universo, somos o quê? Trágico pensar nisso! Pergunto-me também: na imensidão interior humana, somos o quê? Basicamente o mesmo que o sol para a via láctea.

Tudo e nada ao mesmo tempo. Só depende da ótica. Isso é o ser humano: glória e tragédia...