segunda-feira, 27 de julho de 2015

ACAMPAMENTO JOVEM

eNTÃO...


Aceitei de bom coração estar lá para atender confissões. Não pude ir no horário que pediram, mas me aceitaram em meu tempo disponível. Agradeço à coordenação por isso. Fui ansioso por rever o pessoal de Marechal Thaumaturgo e acabei vendo poucos deles. O primeiro jovem a acolher-me era justamente de Eirunepé, lugar de onde saí meio fugido, na surdina da madrugada. Isso até me parece um sinal de Deus. Preciso atentar-me para lê-lo.

Porém, vamos ao mais importante. São poucas as pessoas que se confessam na Amazônia. Estar num acampamento com 400 jovens, dos quais um número relevante parecia interessando no sacramento foi muito bom pra mim. Ademais, a confissão é um dos sacramentos que mais nos exige. Ela cansa àquele que a ouve. E eu me cansei muito fisicamente. No entanto, voltei para casa muito satisfeito. Percebi o quanto a maioria dos penitentes que a mim vieram realmente precisavam reconciliar-se com Deus e consigo mesmos.

O triste na confissão é pensar no quanto estamos carentes de diálogo. Temos guardado coisas demais só pra nós mesmos, isso por não encontrar pessoas em quem nos pareça possível confiar realmente. Além disso... tão comum termos vergonha de falar de nós, de abrir o coração e mostrar quem somos, o que sentimos de verdade... Com este mundo onde se busca insanamente por perfeição, fama, sucesso, loas e mais loas, reconhecer sentimentos e atitudes aparentemente não louváveis não se coaduna. Infelizmente findamos em casulos e nos perdemos de nós mesmos. Repito: triste, muito triste.

Bem, o retrato que ilustra neste texto é do momento de adoração ao Santíssimo. Fez-me bem, ajoelhar-me entre tantos jovens perante meu Senhor e com eles clamar por misericórdia para mim e para o mundo. Sei que o Cristo nos ouviu e muitos corações naquela manhã foram tocados, graças a Deus. 

Deus use de nós, quando quiser e como quiser. Amém.



sexta-feira, 24 de julho de 2015

CARINHOS, AFETOS, SAUDADES

eNTÃO...


Como entender o carinho que se cria entre as pessoas? Em certo retiro o pregador nos dissera "o amado jamais será capaz de compreender o porquê de ser amado". Nunca me esqueci e desde que ouvi, assenti. 

Por alguma razão que jamais consegui matematizar, esta família se aproximou carinhosamente, não só demonstrou o seu, mas conquistou o meu afeto e marcou de tal modo meu coração que singelas saudades deles me acompanham sempre. 

Ledores, por favor, nada de ciúmes: claro que há outras famílias que conseguiram o mesmo. Porém hoje estou motivado a pensar, escrever, homenagear estes amigos. Poderiam ser outros? Sim. Deus entende a razão de serem eles o alvo de minhas palavras.

Bem. O amor nos surpreende de modo simples. E quando se ama, de coração sincero e aberto, mais ao outro que a si mesmo, sempre se encontra na justa medida, no tom ideal e com os itinerários certos, a forma de tocar o coração, emocionar a alma e imprimir no espírito do amado a alegria da amizade, a certeza de que a felicidade existe e está por aqui, nas mínimas e valiosas chances de ser com e de estar por.

Os milhares de quilômetros de distâncias e os contados meses de silêncio não sobrepõem relações construídas sobre o alicerce da fé, pois os contatos não são vistos como momentos fortuitos, mas como providencialmente engendrados por Deus, para o nosso bem e a maior glória de Seu Nome. 

Louvo a Deus por cada vida que se descobriu capaz de me aceitar e amar como sou. Louvo a Deus por cada amigo, nas diferentes nuances e nos díspares graus em que se construiu nossa existência. Agradeço. Tão só isso... Agradeço a Deus e a todos que plantaram em meu âmago as sementes da saudade. Afinal, como diz a canção do diácono rccista "só se tem saudade do que é bom!".

Beijo no coração de todos.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

*CCISMOS

eNTÃO...

Há nem sei quanto tempo comecei a usar termos como "rccismo" e "eccismo". Tudo uma forma de brincadeira, na verdade. Imagino que algumas pessoas nunca entenderam e porventura tenham se chateado com isso. Espero que me desculpem um dia.

Bem, tive muitos momentos bons ligados à RCC e ao ECC, e jamais poderei ou quererei negar isso. Porém, houve também decepções significativas com ambos. De tal forma que livre e conscientemente fui me afastando. Dedicando-me mais a outras coisas. Todavia, jamais deixei de desejar que os grupos acontecessem e crescessem nas paróquias onde estivessem. E sempre que pude, colaborei com missas, palestras, e demais coisas ao meu alcance.

Na noite anterior à feitura deste retrato no post, tive uma conversa não agradável com o coordenador geral da próxima vivência. Depois, claro, me arrependi. Fui chato, como sempre sou. Interessante é que na hora da celebração acabamos desafiados pelo evangelho a ser cristãos. Ninguém ali além de nós e a equipe dirigente precisava saber dos nossos entreveiros. E mais, tal conflito não poderia atrapalhar nenhum dos eventos ligados à preparação e realização do encontro.

Não explicitamos a questão entre nós após a celebração, mas sinto que todos ficamos surpresos. Há duas belezas aí que me emocionam. A primeira consiste na percepção de que eles reconheceram em quê erraram comigo, e quiseram de alguma forma se corrigir. E eu sei que errei com eles e também me esforcei por autocorreção. A segunda está no fato de que pusemos acima de nossos dissabores o que mais importa: o bom andamento dos trabalhos.

Não sei como as coisas se darão no final, todavia creio termos aprendido e reaprendido muito com o ocorrido. Assim todas as situações conflituosas pudessem ser resolvidas com reconhecimento dos próprios erros e esforço por superação. Deus me ajude a não infantilizar-me em outros momentos de tensão.

Por fim, só me resta terminar usando uma premissa que já há tempo não escrevo, mas que digo com muita frequência: "Deus é bom". Beijo no coração, queridos ledores.






segunda-feira, 20 de julho de 2015

UMA IMAGEM, APENAS UMA IMAGEM

eNTÃO...



Retornando da Visita às Comunidades Imaculada Conceição e São Sebastião,
ambas  às margens do Rio Juruá.
Sei lá.... Neste ano venho fotografando pouco. Desde que voltei das férias, parece que, até retratar esse momento, nenhuma foto mexeu muito comigo. Esta, no entanto, me toca a alma cada vez que meus olhos a avistam. Por que? Desconfio de muitas razões.

Uma seria o fato de que sempre quis pertencer a uma turma. Aqui me refiro a um grupo de amigos muito ligados, que saibam trabalhar juntos, superando suas diferenças pessoais, e que consigam produzir com competência e qualidade aquilo a que se propõem. As poucas vezes que cheguei perto desse ideal tiveram um tempo de duração bem exígua. 

Outra seria o fato de que neste dia, nossa viagem foi muito tranquila. Sem sobressaltos, grandes atrasos, questões polêmicas... Não que as viagens pelo "beiradão" do Juruá sejam sempre assim. Todavia neste dia tudo deu tão certo que até pareceu ser sonho. E nós seis, tão diferentes, funcionamos até que bem juntos.

Agora, uma terceira e última razão: parece haver certa felicidade em nossos rostos, não? Um cansaço feliz, talvez. O sentimento de missão cumprida. Quiça seja isso. Bem... estar na segunda metade do segundo tempo de missão faz imagens, pessoas, lugares, e hábitos adquirem nuances especiais. Com o tento espero encontrar palavras que se aproximem do sentimento trazido no peito.

Por hora, é apenas uma imagem que me impressiona e que com meus queridos ledores compartilho. Abração, galera.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

COTIDIANIDADES

eNTÃO...

Basta varrer para a direita e o vento se obstina a soprar para a esquerda.
Basta tirar a roupa para o banho que alguém bate palmas no portão.
Basta entrar debaixo do chuveiro que o telefone toca.
Basta a pessoa para quem liga há tempos atender que o crédito termina.
Basta a conversa por sms, whats ou afins ficar interessante que a bateria acaba.
Basta encontrar-se com quem precisa falar algo sigiloso para algum curioso de aproximar.
Basta passar um filme interessante na TV e naquele horário tem-se algo para fazer.
Basta acabar o fio dental e entrar aquele "fiapão" de carne no vão dos dentes.
Basta chegar o dia de fazer aquele pagamento no banco e o sistema fica fora do ar.
Basta estar atrasado e aparece alguém precisando de um favor urgente.
Basta resolver fazer uma dieta que aparece alguém oferecendo doce.
Basta tirar a roupa do varal para o tempo de chuva ir embora.
Basta fazer um bom propósito e as tentações se multiplicam.
Basta querer conversar para descobrir todos ao redor ocupados.
Basta resolver ficar quieto para aparecer quem queira conversar e conversar bastante.
Basta pegar um bom livro pra ler que o vizinho liga o rádio no último volume.
Basta desligar a TV que o sono desaparece.
Basta aparecer um calo no dedo que alguém lhe pisa o pé.
Basta estar sem dinheiro que aparece um cobrador.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

HAMLETIANDO

eNTÃO...

Afinal de contas, o que será que a gente quer ou espera realmente da vida? Confesso perguntar-me isso com frequência nas duas últimas semanas. É impossível ter tudo. Fato. Mas ter nada também o é. Tem horas que o mundo parece grande demais , oferecendo uma infinidade de coisas atrativas. Noutras horas, este mesmo mundo parece pequeno demais, cerceando possibilidades, tornando-as se quer sonháveis.

Está estranho meu texto, ledores? Perdão. Todavia reconheçamos que o estranhamento faz parte do ser humano, afinal, cada íntimo é tão único, tão raro, tão especial, e tão misterioso que, por mais que se lhe sonde, a plenitude de sua realidade é impenetrável. Uma pessoa pode sempre surpreender, para o bem ou para mal, dependendo da ocasião e da situação.

O que sei é que não sei e isso já é um começo. Para Sócrates, o primeiro passo para se chegar à sabedoria. Lembrando Heráclito - embora eu creia que ele não concordaria com essa afirmação, mas, enfim, tudo bem, continuemos -  percebo que tudo está mudando tão mais rápido ultimamente que a sabedoria que se pode conquistar hoje ao meio dia parece já não servir para as oito da noite. E então, que fazer?

Viver. Deixar viver. Fazer viver. É o que nos resta. Sem nos deixarmos conduzir pela premissa dos preguiçosos e inconsequentes "deixa a vida me levar", precisamos nós mesmos levá-la. O complicado é decidir para que rumo levá-la. É... esse texto começou a ficar prolixo. Então, "bora" terminá-lo. Cito, como fecho, esses versos gravados por Leila Pinheiro: "a gente leva da vida amor, a vida que a gente leva!".

Beijos, ledores.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

INVERNO

eNTÃO...


Por aqui, o período das chuvas é chamado inverno e o período de estiagem é chamado verão. Aquelas velhas noções de calor e frio pra tais estações não se aplicam na Amazônia. Na verdade, aqui não faz frio. E também quase não há estiagem. Este ano, o verão deveria ter começado no mês de maio, mas é julho e ainda está chovendo. Sim, é estranho.

Bem, em Guajará, quando chove, as ruas ficam assim como retratam as fotos. Sim. Essas imagens são de apenas duas ruas, mas boa parte das demais vias urbanas não ficam diferentes. E o tragicômico é que carros, motos e bicicletas ficam sem poder fazer suas travessias pela rua, fato que leva tais veículos a transitarem pelas calçadas. E como ficam os pedestres? Pois é... Os pedestres ficam "a pé".


A situação ainda é pior porque apesar de todo mundo reclamar, nada parece poder ser feito. O próprio povo que reclama não se mobiliza. Segundo ouvi por aqui mesmo, o amazonense é assim. Fico incomodado ao pensar que embora ágil para furar uns aos outros com o terçado em brigas familiares, ébrias ou narcóticas, é um povo lento para manifestações políticas. Também há de se reconhecer que os partidos políticos dividem as pessoas. E é melhor pisar na lama que ter o nome de seu partido ou candidato ofuscado.


Pois é... e a chuva, graças a Deus, cai quase todos os dias. É a vida... É a vida, queridos ledores. É bonita, é bonita e é bonita.

Grande abraço.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

eNTÃO...

Aceitar e rejeitar. Atitudes rotineiras em nossa vida. Diariamente, quantas coisas acolhemos e quantas outras repelimos? Nem sei contar. Afinal, quando escolho o que comer no almoço, automaticamente deixo de lado algum alimento. Quando escolho a roupa de hoje, imediatamente estou trancando outra por mais um tempo no guarda-roupa. A vida é assim... 

Pois é... Semana passada assenti a um convite que tendia a recusar e acabei me negando a outro para o qual meu coração se atraía. Depois fiquei refletindo sobre isso. Creio ter feito as escolhas certas. E, pelo menos até agora, não me arrependo.

Ledores, não há muito o que falar dos convites sem os revelar. Melhor calar-me. Todavia, fica-nos a questão. Como é difícil fazer escolhas, não? Talvez a razão seja o fato de que elas devem nos agradar, enriquecer, levar à maturação. Ao mesmo tempo, gostaríamos que elas também agradassem a quem nos rodeia. Que lhes enriquece também, ao menos de alegria ou tranquilidade. E nem sempre é possível nos fazer bem fazendo bem a outrem.

Nessas horas certo aperto no coração se nos coloca. E é indispensável aprendermos a lidar com isso, para não nos perdermos de nós mesmos. Que as luzes do Espírito Santos nos ajudem a optar sempre por aquilo que nos leve a ser sinais da glória de Deus.

Amém. Amém.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MÚSICA...

eNTÃO...


Músicos... Não se pode desvelar com precisão qual minha verdadeira afinidade com eles. Quando busco me aproximar de alguns, quase sempre me decepciono, me frustro, desisto. Quando desisto de qualquer relação com os sons, as melodias, os acordes, vejo-me em meio a outros. Interessante... Como explicar? Não sei.

O que sei é que não vivo sem música. Ela faz parte da minha essência. Sem ela, não sou quem sou. Sem ela, tudo é triste, gris, esquisito. Esses na foto se reagruparam e cooptaram novos graças a um pedido meu. Pois é... Eu sempre interferindo... Atraindo afastados, descobrindo novos, e, amiúde, incomodando "poderes" já estabelecidos. Por que sou assim? Também não sei.

Sei que gosto de gente simples. Gosto de quem consegue entender a sacralidade da música, e produzi-la com beleza, sem prendê-la à própria vaidade. São assim aqueles que entendem que a música é mais importante que o cantor, e que o sentimento é mais importante que instrumentista. O show se dá quando se coloca a alma no palco e aí, mesmo nua de "jóias" e "brilhantes", a música se apresenta atrativa e sem vulgaridade, rica e sem futilidades...

É, ledores, espero que tenham boa compreensão da bagunça que fiz com as palavras no período anterior, afinal, explicitar melhor meus pensamentos poderia ofender, e não intento a tal. Deus abençoe a todos os músicos. Amém.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

DAMAS, MULHERES...

eNTÃO...



Essa música, ah, essa música... Sim, se não me engano, Chico Buarque a compôs para ser trilha sonora de uma prostituta numa peça de teatro. Não vi o espetáculo e não conheço a personagem, fato é que a fenomenal interpretação da cantora não me faz pensar numa mulher forçada pela pobreza a entregar seu corpo para todo e qualquer tipo de torpeza masculina.

A canção me faz pensar numa mulher que experimentou os prazeres da vida e descobriu que seu maior prazer é dar prazer. Sente-se especialista nisto e conhece as qualificações que tem. Por isso faz sua autopropaganda sem modéstia e até com orgulhosa vaidade. Satisfaz-se por satisfazer, e, desta forma, não necessita de grandes pagamentos, basta-lhe um doce bombom.

Não obstante tudo isso, vale ressaltar que tal mulher, dotada do maior poder de sedução que pode existir, seu amor por si mesma, não se engana e nem engana seus amantes. O relacionamento não existe! É apenas uma troca de afagos e de suores, de elogios que satisfazem egos. É uma colossal paixão que permanecerá eterna por uma noite, apenas uma e não mais que uma, nada além.

A letra evidentemente forte para sua época, fins da década de setenta, maliciosa e perfeitamente interpretada neste acústico, dá a sensação de que essa mulher é feliz e realizada, pois se conhece, sabe quem é, do que gosta, o que faz e porque faz. Como julgá-la ou condená-la? Eu não consigo.

Ledores, por favor, não me acusem de apologias que não faço, apenas entendam meu reconhecimento de que as pessoas podem, sim, ser felizes, sendo diferentes dos padrões nos quais nos colocamos e até disseminamos. Com respeito e consciência, que cada um seja o que é, e pronto. 

Beijo no coração de todos.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

JARDINAGENS

eNTÃO...


Finalmente descobri como colocar flores diferentes do jardim do Til_Nerdo. Isso lhe custou milhares de moedas. O que nem foi tanto, afinal Tio_Nerdo tem centenas de milhares armazenadas para nada. Ele só gasta com comida.

Flores: belezas fáceis de destruir. Bastam pés descuidados ou mãos mal educadas. Na verdade, bastam olhos incapazes de contemplar. Basta uma consciência desrespeitosa. Infelizmente, é o que mais há dentro de tantas cabeças por aí.

São almas tão egoístas que a alteridade não lhes cabe, e a vida alheia finda julgada sem valor. Creem que o munda lhes gira ao redor e tudo lhes deve servir. São cegas, pois não vêem que o que morre não volta, e que a renovação da natureza não é mágica e muito menos rápida.

Almas ricas em miséria. Tomara um dia em seus corações sejam plantadas sementes de comprometimento com a natureza e a sociedade, e, finalmente, descubram não estarem no centro do universo. Tomara...

quarta-feira, 1 de julho de 2015

TEMPO, TEMPO, TEMPO

eNTÃO...

O que é o tempo afinal? A medida do movimento segundo o antes e o depois? Essa é a definição filosófica. Por movimento deve-se entender "devir", ou seja, a mudança, a transformação.

Fico pensando em como alguns mudam de opinião com facilidade enquanto outros se obstinam em ideias fixas. Vida interessante. Da fugacidade à intransigência. Afinal, o que faz uns serem assim e outros serem assado? 

Pior é pensar nos extremos a que se podem chegar as mudanças emocionais. Do amor ao ódio em questão de segundos. Aquilo ou aquele a quem estimamos com paixão agora pode ser detestado também agora. E os melhores amigos, de uma hora pra outra, tornam-se mortais inimigos. Por que o humano é assim? Será a força da concupiscência?

Não sei responder. E explicito, ledores, não redijo tais questões por estar "intrigado" com alguém além de mim mesmo. Eu quis a Amazônia e amei-a antes de conhecê-la. A cada dia, porém, descubro que esse amor se esvai, sem que pareça possível retomá-lo. E esse é meu incômodo. Às vezes suspeito que meu território de missão fosse realmente o Acre, pois minhas tentativas no Amazonas ficarão na história como grandes decepções.

Sim, meu texto está meio deprê. Vamos parando por aqui então. Melhor, né? Fiquem com Deus. Amém.