quarta-feira, 13 de maio de 2020

FILHOS E EDUCAÇÃO - TEXTO 1

eNTÃO...

Há alguns dias sugeriram que eu escreve sobre a educação dos filhos. Eis um tema difícil! Talvez merecesse um livro... Paciência. Vamos lá.

Penso que educar sempre foi desafiador. Em cada época, com os desafios de seu tempo, os pais precisaram transmitir seus valores e costumes. Talvez o que possa ter mudado é a visão que os pais têm a respeito desta sublime missão.

Outrora, parece-me, os genitores viam no comportamento dos filhos um reflexo de quem eram. E como quisessem ser bem vistos e respeitados, impunham aos filhos um jeito de ser que destacasse isso.

Hoje em dia, muitos pais, sob o lema de ver os filhos felizes e orientados por um psicologismo de liberdade, deixam seus filhos transitar de lá pra cá, admirando suas peripécias, falas, e ações inoportunas. Não raras vezes, o que mais se destaca é a ineficiência dos adultos em estabelecer limites para os menores.

Aqui encontramos um primeiro dilema: aquela educação forte, quando não violenta, que restringia por coação, ou esta educação frouxa do "vamos ver no que vai dar"? É, ledores, creio que nem uma e nem outra. O melhor será encontrarmos um meio termo. 

Como o assunto é denso, prometo na próxima semana continuar a desenvolver o tema. Deixe seus comentários, será uma alegria lê-los.

Até mais, beijo no coração de todos.

Carta Pastoral VII – Família, um projeto de Deus | IESE ...

quinta-feira, 7 de maio de 2020

MÁSCARAS

eNTÃO...



Anos atrás compus uma música chamada "Máscaras". Tinha nada a ver com esses tempos em que estamos todos mascarados. Era uma crítica à hipocrisia social. Quase dez anos depois percebo o quanto a música ainda é atual...

Bem, ledores, vamos ao assunto e deixemos de nostalgias. Notaram que já não reconhecemos algumas pessoas na rua quando de máscaras? Comigo tem acontecido... Olho para a face semi coberta e questiono-me "quem é? acho que conheço!". E o mesmo acontece ao contrário. Outrem não me identificam quando estou usando a indumentária citada.

Fico instigado e encantado com o fato de que agora, mais que nunca, o olhos tomam destaque. Sempre foram os espelhos da alma. Entretanto, nos dias atuais, os lábios em outros esgares não conseguem se quer tentar camuflar o que os olhos desvelam.

Sei lá, talvez seja coisa da minha cabeça, e por isso peço que deixem nos comentários o que pensam a respeito. Confesso que, ao menos isso, parece bom em meio a tanta insegurança: forçados a contemplar a beleza humana transcendente, que soterra qualquer "imperfeição" física, redescubramos o quanto é bonito ser gente. 

Por fim, vale sempre repetir: somos imagem e semelhança de Deus!

Beijo no coração de todos.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

ISOLAMENTO SOCIAL

eNTÃO...

"Vou não, quero não, minha mulher não deixa não!Perdão, não vou falar do covid-19.

Esses dias precisei fazer uma visita. Liguei. Avisei.Combinei. Fui. Nunca tinha estado naquela casa. Foi uma experiência muito boa de bate papo agradável com companhia fraterna.

Eu, todavia, não consigo abandonar minhas loucurações. Fiquei observando os muros altos, os enormes portões sem campainhas, a cerca elétrica de quatro fios. E, sim, ouvi latidos de cães. Neste momento me dei conta: minha máscara ficou em casa!

Ledores, neste tempo em que já não há esconderijos, afinal o "zap" incansavelmente nos põe em contato, como acessar quem não estiver sob a bandeira do online?

Senti o estranhamento de suspeitar que, na era das incontáveis e exageradas exposições em redes sociais, é na candura de um lar, fortemente vedado, que um número não pequeno de pessoas prefere se esconder.

Que os esconderijos nos protejam dos males que nos rondam, mas não nos privem de encontros verdadeiramente humanos.

Beijo no coração de todos.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

COMPROMISSO

eNTÃO...


Compus esta música há 11 anos, numa daquelas longas noites de insônia. Que eu saiba, a cantei apenas duas vezes com público. Ambas em Jacarezinho. Gosto dela!

Letra e melodia nasceram espontaneamente, sem recurso de instrumentação. Apenas uma melodia brotava do meu coração junto à letra que fervilhava em minha cabeça.

Duas expressões nela me incomodam. Confesso e não nego: questionei-me muito se deveria usá-las. Quais são? Ah, ledores, por que fazer perguntas difíceis? Entretanto, vamos lá: "muitas mentiras eu já ouvi" e "prazeres o homem me ofereceu".

Penso que seria necessário um capítulo inteiro para desvelar as entrelinhas da canção como um todo. Por isso destaco aqui apenas essas ideias: 

1) Vivemos rodeados de mentiras e, se nos deixarmos levar por elas, perdemos-nos do caminho da verdade, e isso pode conduzir-nos a uma grande tragédia.

2) Sobre os prazeres, todas as mentiras conduzem a algum prazer próximo e falso, que geralmente é superado com facilidade e deixa em seu lugar apenas um buraco doloroso e vazio.

Diante dessas indiscutíveis realidades, a música finda com o convite a recompromissar-se com a verdade que é Deus, única fonte de paz. Compromissado com o Senhor, o homem terá de superar limites continuamente até atingir seu fim, que não é a morte, é a eternidade.

Exagerei no tamanho do texto desta vez, não? Perdão ledores. Paciência com este simples homens que neste canto da casa expõe seu silêncio.

Beijos.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

ETERNA CRIANÇA

eNTÃO...

São 17h21. Estou ouvindo Nana Caymmi. Tenho mais de 6 horas de músicas dela no hd do note. Não sei se é muito. Sei que a voz dela me embriaga. Gostoso quando ela canta "no fundo é uma eterna criança". Ela fala do tempo, mas vou, pirracentamente, pensar em Peter Pan.

Quando petiz, admirava Peter Pan, não por ele ser sempre criança, mas por ele poder voar. Só depois de adulto entendi que ser sempre infante era o grande diferencial do personagem. Também depois de adulto notei o quanto a infinda infância do protagonista o mantinha irritante, inconsequente e egoísta. Engraçado como os heróis nunca são perfeitamente perfeitos.

Ledores, há adultos demais agindo como criança! Confesso e não nego, amiúde me pego imaginando a história de vida que forjou tais personalidades. Sim, devaneio em minhas loucurações.

Fato é que também tenho minhas criancices. E quem não as tem? Deus nos permita nenhuma reunião de adultos em crises de infantilidade. Barbados birrentos e grisalhos mimados em disputas pueris podem gerar uma desnecessária cena que, embora para os expectadores possa ser hilária, para os atores há de ser trágica e angustiante.

Grande abraço. Fui.

quarta-feira, 25 de março de 2020

ONDE ESTÁ O MAL ???

eNTÃO...

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Ledores, fiquei anos sem postar? Que loucura.

Há uma semana alguém descobriu meu blog e insistiu por um novo texto. Prometi fazê-lo e eis-me aqui. Pensei muito em escrever a respeito do Covid19, do Presidente Jair, da Quarentena, resolvi, no entanto, evitar isso hoje. Fato é que a quarentena merece umas duas meias dúzias de textos. Quem sabe no futuro.

Respondam-me: onde está o mal, naquele que fala ou naquele que ouve? Calma, queridos ledores, vou explicar. Sabem aquele momento em que o falante quer elogiar, agradar, estreitar os laços com o ouvinte, mas este, a cada nova palavra ouvida, mais se ofende e mais se irrita? Se nunca estiveram na pele de um desses fictícios personagens, rendam graças. Confesso e não nego, já estive na pele de ambos em não raras vezes.

Fico me perguntando quem seria o mais chato. O que fala, sem perceber que incomoda, não percebe sua ação inoportuna. Também, todavia, trás no coração a sincera intenção de fazer bem. Ao que ouve e se incomoda, mesmo sabendo que a intenção do outro é boa, falta, no mínimo, benevolência.

Tem solução? Não, não sei responder. Perdoem-me, mas sou incapaz. Bom seria se as partes conseguissem perceber a empatia faltante. Melhor se a alcançassem. 

Beijo no coração de todos.