Ledores, fiquei anos sem postar? Que loucura.
Há uma semana alguém descobriu meu blog e insistiu por um novo texto. Prometi fazê-lo e eis-me aqui. Pensei muito em escrever a respeito do Covid19, do Presidente Jair, da Quarentena, resolvi, no entanto, evitar isso hoje. Fato é que a quarentena merece umas duas meias dúzias de textos. Quem sabe no futuro.
Respondam-me: onde está o mal, naquele que fala ou naquele que ouve? Calma, queridos ledores, vou explicar. Sabem aquele momento em que o falante quer elogiar, agradar, estreitar os laços com o ouvinte, mas este, a cada nova palavra ouvida, mais se ofende e mais se irrita? Se nunca estiveram na pele de um desses fictícios personagens, rendam graças. Confesso e não nego, já estive na pele de ambos em não raras vezes.
Fico me perguntando quem seria o mais chato. O que fala, sem perceber que incomoda, não percebe sua ação inoportuna. Também, todavia, trás no coração a sincera intenção de fazer bem. Ao que ouve e se incomoda, mesmo sabendo que a intenção do outro é boa, falta, no mínimo, benevolência.
Tem solução? Não, não sei responder. Perdoem-me, mas sou incapaz. Bom seria se as partes conseguissem perceber a empatia faltante. Melhor se a alcançassem.
Beijo no coração de todos.