sexta-feira, 21 de abril de 2017

FERIADO

eNTÃO...




Pleno feriado. A sensação que me toma a alma aperta-me o peito. Faz-me sentir o anseio por mais e mais tempo. Um tempo que se foi e não volta. O desejo de abraçar o mundo. Reescrever a história. Fazer de novo. Aspirações vãs. Tudo impossível.

Quase quatro décadas depois daquele janeiro, fazer um balanço é difícil. Confesso considerar tal atividade contábil desnecessária. No entanto, mente e coração tanta vezes se desentendem. E quem sofre? O homem todo inteiro. Afinal, embora a matemática com frequência seja exata, na vida, ganhar e perder se confundem. E nessa hora, como encontrar exatidão?

Ledores, peço-lhes perdão por parecer confuso. Porém sei do que falo. Tanto ficou pra trás. Oportunidades que jamais retornarão. Caminhos que passaram despercebidos pela imaturidade adolescente e juvenil. Decisões marcadas pela crença de um momento. E o que era total revela-se, no tempo, apenas uma parte entre outras muitas que, mesmo somadas, nunca estarão em inteireza.

Cooperaram pra isso raízes já se desenvolvendo quando ainda vivia a condição embrionária. E que luzes poderiam revelá-las antes das filosofias, teologias e experiências humanas que chegaram bem depois? Não, não sei responder. Paciência. Muita calma nesta hora...

Em meio à crise cujo nome não consigo definir (nostalgia? arrependimento? saudade? tristeza? angústia?), consola-me a convicção de que embora o movimento constante leve aqueles que trouxe e extinga aquilo que construiu, há um ente perene, imutável e presente sempre: DEUS.

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