eNTÃO
São 08h05. Ouço Flávio Venturini. Ontem percebi os colegas de academia parando seu treino para dedicar tempo ao Patolino e ao Papa-léguas. Quando a tv transmite jornal, luta, documentário, ou mesmo futebol, o número de pessoas atentas é mínimo.
Talvez certos desenhos animados consigam, não só despertar a infância adormecida em nós, mas também dar visibilidade a uma utopia entranhada no ser humano. O sonho da vida eterna. Por mais que seja explodido, o Patolino está sempre novo e pronto para enfrentar o Pernalonga. Por mais que caia de precipícios, o Coyote está sempre se reinventando e criando novas formas de correr atrás de seu almoço.
Ah, se todas as batalhas da vida fossem superadas como são superadas as quedas e as dinamites dos desenho looney tunnes, ser-nos-ia tão mais fácil viver, não? Ademais, eles vivem em contenda, mas parecem intimamente amigos. E, por fim, eles dão vazão em atos e palavras a tudo aquilo que qualquer humano teria coerente vergonha de materializar.
O fascínio que exercem quiçá esteja nisso: ser irrealisticamente real o que, enquanto infantes, acreditamos possível e que a maturidade extirpou de nossa mente, mas não de nossos sonhos. É o absurdo belamente apresentado ante nossos olhos...
Sei lá o que estou tentando dizer. Creio que o fundamental é sermos adultos, sem perdermos a beleza da criança dentro de nós. E, por fim, aceitarmos que mesmo sem a imortalidade desses personagens, somos imortais também. Em Deus, nossa vida sempre se renova e persevera. Fiz um balaio de gato, né? Desculpe, o próximo texto há de ser melhor. Abraço.
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