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Tenho usado parte do meu tempo livre procurando antigos colegas de ginásio e de ensino médio no facebook. Chamo esse momento de "crise dos 35". Sinto necessidade de olhar para trás e de valorizar momentos e pessoas que marcaram minha vida. Saber como estão, o que fazem, onde vivem...
Suspeito que parte deste sentimento provenha da experiência da distância. Sair do Paraná para tão longe tem me forçado a olhar para trás. E claro que a idade que avança também me impõe a constante e tétrica sensação de que a morte se aproxima na mesma medida em que a vida de esvai. Por favor, não se engane. Não estou pra baixo, muito menos infeliz.
A vida é feita de parcerias. Sempre há alguém conosco fazendo alguma coisa. Seja turma de escola, de trabalho, de igreja, ou de família. Não somos sós. E tais pessoas de algum modo nos acolhem, nos guardam, nos integram. E nós fazemos o mesmo com elas. O cruel é perceber que amiúde tais relações nos passam despercebidas. Guardamos os mais chegados como amigos indispensáveis e relegamos os outros ao status de colega. No fim, o tempo passa e mesmo os indispensáveis acabam tomando outro rumo. Raramente alguém permanece a vida toda ao nosso lado.
Claro que também há rejeições, nem tudo na vida é acolhimento. Mas disso falaremos outra hora. Por hoje, convido-os, ledores queridos, a pensar em todo bem já recebido de pessoas que já não estão por perto. Que tal agradecer a Deus pela vida dessas pessoas? É o que mais tenho feito.
Até breve.
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