segunda-feira, 28 de julho de 2014

RITOS DE PASSAGEM

eNTÃO...

"... mas é muito bom saber que em Feijó você tem amigos!"
(Versos cantados na 1ª Confraternização dos Músicos de Feijó)

Há pouco mais de seis meses me despedi da paróquia em Jacarezinho. Agora estou me despedindo da paróquia em Feijó. Era pra ser bem diferente, mas algumas coisas se repetem e não consigo entendê-las. Bem, esse é outro assunto, ledores? Por favor, perdoem-me esta tão imediata divagação.

Vamos lá. É comum que as sociedades estabeleçam ritos de passagem para marcar mudanças sociais, familiares, históricas, ou mesmo ontológicas (no caso religioso). Tais ritos, tão diferentes nas diferentes culturas, amiúde exigem discursos, lágrimas e festas. É o despedir-se de uma realidade para inserir-se noutra. Mudança supõe medo, readequações e, talvez, distância! Não mais se verá, não mais se ouvirá, e os passos juntos tornar-se-ão passos a sós.

A certeza do incerto faz com se celebre o que há, findando ritualmente sua existência, em preparação para aquilo que vem. Os ritos também têm a função de agradecer pelo que se está prestes a findar, e buscar bons presságios para a nova realidade que se está para começar. Para isso vale abraçar, dizer pública ou pessoalmente de sentimentos bem guardados. Vale dar um presentinho. E a comensalidade faz parte.

É o momento em que descobrimos a real importância de pessoas, costumes, lugares e coisas na nossa vida. Fica a sensação de que deveríamos ter amado mais? O importante é que amamos! E que sigamos amando...

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