sábado, 5 de fevereiro de 2011

LIMITES

eNTÃO...

São 17h31. Ouço músicas religiosas sortidas. Preciso redigir logo, daqui a pouco é hora da Eucaristia. Não posso perdê-la nem atrasar-me.

O que é um canto? O vértice em ângulo reto de algum sólido? Nem precisa ser um ângulo de 90°. Há momentos em que nos sentimos num canto, esquecidos. Momentos há em que desejamos estar num canto, sozinhos e em silêncio...

Os cantos físicos são lugares psicológicos de sentido muito particular. Num canto posso sentir-me acuado, mas também protegido. Pelo menos de minhas costas não me sobrevirá perigo algum. Num canto posso sentir-me abandonado, desvalorizado, afinal, o precípuo costuma estar no meio. Mas num canto também posso sentir-me aconchegado, pois tenho onde recostar-me e descansar...

Saiba, estimado leitor, que, pra mim, o canto é o lugar das flores. Estas belas criaturas dão leveza e valor a um espaço que poderia ser apenas um lugar difícil de limpar. Concordo que sua beleza lhes poderia garantir o centro do cômodo em que estiver. Mas creio que sua nobreza consista em estar onde mais é necessária, e não onde mais possa se aparecer.

Esse texto está esquisito, né? Sei lá o que quero dizer, quero apenas dizer! Nem sempre se consegue estar onde se deve. Estar onde se quer é mais difícil ainda. Que Deus me dê a humildade de aceitar os cantos onde ele me puser e a nobreza de servir da forma certa, sem revoltar-me por não ter o que me apraza. Amém.

Um comentário:

  1. Ás vezes o canto é o único lugar que nos encanta
    e nos acolhe...
    Tomara que DEUS sempre reserve um canto para mim...

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