eNTÃO...
São 15h35. Estou acariciando minha barba. Deixei-a crescer:para ver meu rosto diferente do pós cirurgia e por estar um pouco cansado de mim mesmo. Sempre soube que a barba causaria estranheza. Não imaginei, porém, tantos pedidos para tirá-la ou apará-la. Pessoas, se quer próximas, sentiram-se com liberdade suficiente para aconselhar-me.
Imagino Diógenes de Sinope investindo no Cinismo, 300 a.C.. Ele foi um herói.
Vamos ao que interessa: por que a estampa parece mais importante que o conteúdo? Claro, ela está em maior evidência, é sensível, ao passo que o âmago será sempre um mistério. O doido é que, por ser mistério, o intrínseco deveria ter melhor atenção. A experiência revela que amiúde estamos mais interessados na casca!
Não escondo estar acompanhando, quando posso, a novela das 21h15. A beleza em pessoa é má como o diabo, a pseudo-feiura esconde a riqueza de uma alma impagável. No entanto, esta tem sido perseguida por usar roupas muito peculiares e falar de modo simples, ao passo que aquela é respeitada e admirada pelo requinte e bons modos. O que é mais importante?
Aff... Não disse nada do que queria. Não consegui. Ledores, por favor, perdoem-me. Concluo: tudo não passa de convenção. Convencionou-se que uma barba como a minha não é padrão. Não me serve. Não me fica bem. E daí se me envelhece, preciso vender a imagem de jovem? E daí se pareço desleixado, quem me conhece consegue pensar isso de mim? Por que preciso enquadrar-me nos padrões da estética social? Quais são seus fundamentos?
O texto está longo, voltamos a este assunto em breve. Beijo no coração de todos!
Como é dificil não estar dentro dos "padrões" que julgam ser bonito, interessante.
ResponderExcluirAh! convenções...