sexta-feira, 22 de maio de 2015

BALBURDIAS

eNTÃO...

Estamos na antevéspera de Pentecostes. Durante esta semana fomos motivados a rezar pela unidade dos cristãos. O ideal almejado com tais orações é belo: católicos e protestantes vivendo e convivendo em harmonia, sabendo valorizar o que une através dos pontos comuns e buscando dialogar as diferenças. 

Acredito nesta utopia, como em muitas outras. E já vi muitos passos dados neste caminho frutificarem. Incomoda-me, confesso, pensar no quanto estamos longe da realização de tal projeto. E desabafo esta minha consciência a partir dos inúmeros desencontros internos visto, enfrentados, superados a cada dia.

Embora suspeite, não posso mencionar atritos internos de outras confissões cristãs, por desconhecê-los. Até poderia, mas não devo, mencionar os embates conhecidos no âmago de minha Igreja. E o mais importante deste texto, na verdade, nem é contar histórias, pois cada ledor deve conhecer algumas. O objetivo é manifestar a triste realidade de tão grande falta de conversão presente na vida das comunidades.

Longe de mim acusar ou menosprezar qualquer fiel. Só me incomoda perceber que dois milênios depois, ainda agimos como os apóstolos que queriam estabelecer o maior entre eles, e definir quem se sentaria à direita do trono do Senhor. Para eles a resposta vital de Jesus foi: dediquem-se a servir, sem se preocuparem com retribuições de qualquer espécie.

Não, não quero fazer parecer que as comunidades estejam perdidas, ou seguindo por rumos díspares do itinerário estabelecido por Jesus. Quero apenas destacar que o vôo poderia ter menos turbulências se nos focássemos melhor no Reino de Deus e pudêssemos nos desapegar um pouco mais de nós mesmos.

Deus nos ajude. Amém.

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