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"Não desista do amor" e "Filhos do céu", músicas indispensáveis na minha história. Não só pela beleza do que dizem ou pelo respeito que devo ao interprete, mas também porque representam um encontro musical muito especial. O encontro de um padre recém ordenado, inexperiente e inseguro musicalmente com um grupo formado nas capelas de vilas, tarimbado nos GO's da vida, e humildemente disponível para a missão.
Qualidade vocal, técnica instrumental, presença de palco, talvez tudo isso nos faltasse. Sem melindres, autopiedades ou falsas modéstias, penso que ainda não tenhamos muito destes atributos humanos tão valorizados ultimamente. Não nos faltava, entretanto, a consciência de que, apesar de nossos limites e também das limitações do meio comunitário em que convivíamos, precisávamos servir.
Jamais negaria que toda a movimentação daqueles meses nos envaidecesse de alguma forma. Somos seres humanos! Mas a precisão do serviço se fortalecia pelo desejo de agradar aquele a quem amamos: Jesus Cristo. Essa era a maior motivação. Por isso, mesmo em meio a doenças, dores, decepções e tantas outras dificuldades, estamos por aqui ainda. Geograficamente, distantes. Todavia, unidos no mesmo ideal de outrora.
Suspeito que esse texto não esteja dizendo o que eu realmente gostaria de escrever. Paciência. Que fazer? Fico lembrando e relembrando fatos passados. Ouso afirmar que não por nostalgia, mas por gratidão. Nunca mais cantamos juntos. A fase musical passou. Algo melhor ficou: carinho, respeito, confiança, irmandade... A Graça nos une.
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