Adão justifica ter-se escondido afirmando envergonhar-se da própria nudez. O argumento denuncia a desobediência praticada e desvela a sinistra tramoia que levou a humanidade a perder o paraíso. Ardilosidade da serpente somada a ambição e imprudência humanas deixaram-nos, como herança, o pecado mortal. Daí para aqui, olhar-se jamais voltou a ser a mesma coisa de antes. E momentos há em que, vermo-nos "despidos" gera apenas um impulso: caçar um esconderijo!
Atenção, ledores, entendam bem: as aspas usadas no parágrafo anterior tornam o termo uma metáfora. Tal compreensão é indispensável para que o teor deste texto seja devidamente aproveitado. Prossigamos.
Horas há em que aproximo-me de licitar o inaceitável hábito do uso de máscaras. Embora em algumas ocasiões possam ter a vil finalidade de enganar ou manipular, noutras percebo o caráter protetor que assumem. Escondem humilhantes imperfeições e atuam como poderosos amuletos, encorajando e tranquilizando corações. Apesar de paliativamente, desempenham uma função calmante que permite relações interpessoais serenas, ainda que carentes de certa veracidade.
Confesso-me incapaz de julgar positividade e negatividade nas proposições apresentadas acima. Destarte, cada um as valore como bem o quiser. Só me resta citar os belos versos da canção "lágrimas doem mesmo quando estão escondidas no olhar".
Bjs.
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