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Ontem, percorrendo estradas acrianas, um bom papo fez-me a alma viajar pelo tempo até os dias da criação e do pecado original, contemplando as consequências iniciais daquilo que chamo amor. Formados do pó da terra, animados pelo hálito de Deus, presenteados com o Éden e devidamente orientados sobres os riscos de suas decisões, Adão e Eva puderam, não só escolher, como praticar o pecado.
Um intervenção externa impediria essa infelicidade? Quiçá sim. Todavia Deus não interferiu. Omissão? Descaso? Desconhecimento? Simplesmente amor! O sublime "sentimento" não cerceia, não oprime, não domina, não impõe. Assim é que é.
Estranho o modo como algumas pessoas creem ser donas de outras. Fiscalizam. Sondam. Adivinham pensamentos. Exigem senhas de celular e de redes sociais. E se desesperam, perdendo o rumo da vida, em insanas teorias de conspiração. Ciúme sem origem em afetividade e sim em possessão distancia-nos do testemunho de amor do Criador, o qual, por sinal, sente ciúmes de suas criaturas, sem, contudo, tirar-lhes a liberdade.
Quem ama cuida, protege, não quer perder... Para isso, busca, sem subserviências, cativar e recativar a cada dia. Dar-se, sem humilhações, para realizar-se no encontro com o outro que, sabendo acolher no mesmo amor, retribui gratuitamente. Utopia romântica? Talvez seja na possibilidade de vivência perfeita, mas não na construção diária de uma relação maior e melhor.
Oxalá 2016 nos proporcione isso em todos os níveis interpessoais: familiares, fraternos, passionais, etc... Ledores, não sabendo bem como findar o último texto do ano, resolvi eleger um retrato que me diga algo de 2015. Feliz ano pra todos. Bjs.
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