sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

RN - TERCEIRA REFLEXÃO: PERICÓRESE

eNTÃO...

Buggys durante passeio pelas dunas móveis de Jenipabu
São 01h04. Se entendi bem, a indústria do turismo é enorme. Guias, motoristas, bugueiros, balseiros, restaurantes, hotéis, ambulantes, dançarinos, cantores, artesãos, fotógrafos, muitos vendedores, enorme concorrência...

A inter-relação existente entre eles é interessante. São células diferentes de um mesmo corpo. A interdependência é inegável e indispensável. Em geral, são pessoas sorridentes, agradáveis, seguras do que dizem. Claro que há oportunistas nesse meio! Tal fato é inegável.

Mas a humildade do rapaz que puxou nosso dromedário me cativou. Um jovem simples, que, com dedicação, repetia palavras árabes para agradar aos turistas. A boa vontade do balseiro que, em silêncio e com um bambu, empurrou nosso buggy para o outro lado do rio também me cativou. Gente que, de modo velado, compõe os alicerces dessa grande construção.

Carros atravessando o rio em balsas manuais
Essas pessoas ganham a vida fazendo-nos sentirmo-nos importantes. Precisam fazer com que nosso passeio seja divertido. Por vezes tratam-nos como crianças grandes, ou melhor, crianças abastadas. É... Nossa diversão, muito amiúde, é fazer coisa de criança. Fascinarmo-nos como o mais simples da vida. Sobre esse assunto ainda escreverei.

Quero terminar esse post saudando carinhosamente a essa gente feliz e sofrida. Homens e mulheres que passam o dia sob o calor escaldante de uma das cidades mais ensolaradas do planeta para proporcionar lazer a visitantes desconhecidos do mundo inteiro. Claro que recebem por isso, mas o dinheiro não os torna meros objetos do passeio. Outrossim, espero conseguir visualizar homens e mulheres similares por onde quer que eu passe, ainda que seja nas vielas de Jacaré Pequeno.

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