São 22h57. Ouço o volume Fernanda Brum da coleção "Falando de Amor".
O que se esconde atrás de um olhar? Arrisca-se a um palpite quem conhece seu dono. O rosto fechado da comissária e seu olhar frio puseram-me em reflexão. A última vez que voei, encontrei-me com profissionais por demais simpáticas. Então, antes de rotulá-la “aquém das colegas”, fiquei pensando em quem seria ela.
Viajei mais alto que o avião... Onde moraria? Idade? Alguém a esperaria em casa? Teria sonhos? Enfrentara frustrações? Quais seriam seus gostos? Qual seria sua fé? Jamais saberei essas coisas! Como então a julgar?
É, mais uma vez faço muitas perguntas, não? Rsrs. Pela manhã, ainda em Jacaré Pequeno fui à prefeitura. Assisti a fúria de um senhor contra uma funcionária. Ele tinha boas razões para a ira. Mas seria ela merecedora disto? Eu, que me impacientava com a lentidão no atendimento, senti comiseração e acalmei-me.
Tenho pensado que por trás das máscaras, somos iguais. Todos nos cansamos e ansiamos repouso. Todos comemos, bebemos, dormimos. Todos temos sonhos. Todos, em algum momento, voltamos pra casa. Somos seres humanos! Há sentimentos entranhados em casa pessoa que cruza nosso caminho...
Antes da aterrissagem, vi a jovem sorrir. Espantei-me: não esperava pelo fato. Quiçá a julgara mal. Seria tão bom se as pessoas se encantassem com o mistério que são por si mesmas. Se soubéssemos nos respeitar com carinho e admiração pelo simples fato de sermos filhos de Deus. O utopia boa. Vou tentando, com a graça de Deus.
vivendo e aprendendo...
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