domingo, 23 de outubro de 2011

INQUIETAÇÕES ONTOLÓGICAS II

eNTÃO...

Dálias amarelas do meu quintal, um pouco abatidas pelo sol.

São 17h38. Ouço Ziza Fernandes. Nesta semana, duas dálias amarelas floresceram em meu quintal. Na próxima semana, serão as dálias vermelhas. Acabo de perceber que uma, das quatro batatas de cicca, está brotando. Maravilhoso o mistério da vida!

Ledores, perdão pelo silêncio de semana. Terça feira, participei de uma missa num bairro rural. Voltando, naquela escuridão de roça, ultrapassei um menino, de máximo 11 anos, pedalando de volta pra casa. Apaguei os faróis para ter certeza. A estrada é escura demais. Aquele jovem mancebo sujeitara-se à escuridão da noite, ao peso dos pedais, à estrada de pedras e chão batido, ao vento frio, tudo para estar naquela missa. Emocionei-me e entrei em uma daquelas minhas insanas locurações.

Senti o peso da responsabilidade de ser quem sou. Imaginei a crueldade de alguém que se apresenta para o cumprimento de sua missão com má vontade, rudeza, insatisfação... Nunca sabemos os passos dados e os obstáculos vencidos pelo indivíduo que se apresenta a nós num encontro programado ou inusitado. E como, às vezes, corremos o risco de cair na tentação do fazer por fazer, priorizando nosso cansaço ou nossos compromissos posteriores, esquecendo-nos de que aquele momento é único não só para nós, mas todos aqueles que nos cercam.

Nossa... Nada mais preciso dizer a respeito desse assunto. Um livro poderia ser escrito, o importante, contudo, é que nos convertamos. Que o mistério de ser quem somos se nos torne o acolher de uma missão que de nós é maior, pois vem do autor da vida, Senhor da história e Providência Divina, que tudo vê, tudo sabe e tudo ama.

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