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De modo tão discreto algumas pessoas entram em nossa vida. Um convite para rede social, uma foto tirada da gente ou com a gente sem que nem nos déssemos conta. Um almoço. Algumas conversas. A confiança cresce. Numa ou noutra situação, ajuda mútua , incentivos, conselhos... E uma relação se estabelece: "somos amigos" é o que pensamos.
O tempo passa. As diferenças de pensamento, de costumes, de cultura, de opções de vida, de modo de ver e de sentir o mundo, todas essas coisas vão não só aparecendo, mas se contrastando, e o "somos amigos" passa a ser provado quase que cotidianamente. Mas, misteriosamente, o carinho e o afeto mantêm-se. E quando já se crê na indestrutibilidade da amizade, o sagrado dentro de cada um entra em atrito, e o choque é tamanho que o silêncio se interpõe.
Naquela hora do embate, a certeza do ponto final é tão grande quando a tristeza que ele causa. O tempo vai passando. A dor da ferida causada em ambos deve, serenamente, ir tornando-se cicatriz. O que ficam são lembranças e silêncio. Um silêncio, possivelmente, eterno enquanto a vida aqui estiver. No céu, ele não existirá!
Atenção, ledores, tal silêncio não é orgulhoso, nem mesmo sinal de falta de perdão. Ele é o que é, necessário para o bens de ambos.
Enfim... se quando estivemos loucos não fomos capazes de subitamente nos afastarmos, e se nossa bobeira não pôde ser sutilmente disfarçada, que quando estivermos mortos, não nos matemos dentro de nós, pois o mundo que se acaba dentro daquilo que somos há de ser belo, e nada além disso.
Beijos em seus corações, fiéis ledores e ledoras.
O texto de hoje me fez chorar.
ResponderExcluirAbraços!
Lindo texto , me fez refletir muito. Puro e verdadeiro. É exatamente essas situacoes que a vida nos proporciona.
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