São 20h57. O rádio toca o cd "Backstage Intimidade". Penso: "Que tipo de padre fala de equações de segundo grau numa homilia no dia de Natal? Algum insano?".
Estou preocupado: papai tem acelerado um carro desgovernado rumo a um precipicio.
Oswaldo Montenegro, no show que fizera em Jacaré Pequeno, orientou-nos à felicidade de se fazer o que se sabe, afinal, nem sempre se sabe fazer o que se gostaria. Senti-me forçado a acolher esse conselho hoje.
É Natal! Eu queria ter o dom de dizer coisas bonitas, tocantes, profundas. Admiro aqueles em que de cujas entranhas mana a poesia que emociona corações e arrepia a pele. Reverencio tais almas, pois conseguem, com beleza e leveza, transcrever em palavras sentimentos, por vezes, tão inexprimíveis, transformando-os em mensagens sadias, lúdicas, fascinantes.
Não sou assim! Sou esquemático e frio, fiel a meus paradigmas. Como então satisfazer ao ouvinte que se me apresenta em pleno 25 de dezembro? Conclui que a saída seria ser eu mesmo, assim, do jeito que sou. Claro que tentando superar as debilidades de minha natureza humana, mas me mantendo esse orador esquemático e frio, fiel a meus paradigmas! Que apraza a Deus proclamar suas boas novas através deste pecador limitado e cheio de boa vontade.
Como compuseram Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão "por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim". Posso ser estranho, mas não sou maluco! (rsrsrsrs).
Abraço pra todos. Mais uma vez, feliz natal!
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