eNTÃO...
São 17h42: momento exato em que inicio esse texto. O rádio está tocando Nora Jones. Oh, vozinha deliciosa. Meu ouvido que doeu o dia todo, continua doendo. Meu rosto ainda um pouco inchado, Meus dentes travados por um molde de acrílico chato e odiável.
Quando pré-adolescente, assistindo a Família Dinossauros, ouvi uma pergunta que se inscreveu em mim para sempre: "Se as árvores caem na floresta e não tem ninguém lá pra ver, será que elas caem mesmo?".
Durante anos repeti a mesma pergunta para muitos: para as melhores mentes de meus tempos de estudante. Nunca obtive resposta satisfatória. Confesso que um bom amigo e ex-professor, bigodudo, simpático e inteligente, se aproximou muito de minha inquietação ao comentar a questão. Valeu, monsenhor!
Querido amigo leitor, entenda bem a questão, por favor. Viver é uma missão nos confiada por Deus. Missão que não pode ser uma aventura totalmente inconsequente, sem rumo ou razão. As árvores que caem sem serem vistas são, para mim, uma metáfora daqueles momentos da história de cada qual em que o tudo tornou-se sinônimo de nada e, por isso, ser e não-ser coincidiram. Entretando, se é mesmo possível tal coincidência, que miséria de existência materializar-se-ia nessa ocasião!?
É... partilhei desse assunto para dar razão ao nome do blog. Imagino que um dia alguém perguntaria. Fato é que esta pergunta jaz em mim até sempre. Não tenho respostas pra ela, apenas inquietações. Estas, consoláveis pelas esperançosas palavras paulinas: "Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8,28).
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