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A bem sucedida novela de Ivani Ribeiro é muito sedutora. Contar uma história de amor que vence as barreiras do tempo e do espaço, perdurando por várias reencarnações, de fato mexe com a alma da gente. Penso que isso se deva ao fato de que está inscrito em nosso inconsciente o desejo de que haja uma destinação de felicidade plena e perfeita para todos. Interessante pensar que grande massa de pessoas acredite que esta destinação de felicidade se oriente para outra pessoa, a outra metade da laranja, a alma gêmea.
Ver a forma como, apesar de as circunstâncias favorecem o ódio entre Diná e Otávio, eles são vencidos pelo amor, fascina. Perceber que ambos, cada um a seu modo, são intranquilos enquanto não se conhecem, faz desejar o reencontro com aquele(a) que nos trará a paz perene e constante. Juntos, mesmo precisando enfrentar duras situações, descobrem-se fortalecidos e preparados. Porém, após se conhecerem, a separação sem volta causada pela morte deprime letalmente aquele que fica. A mesmo a saudosa tristeza da protagonista acaba sendo bonita. O reencontro em "nosso lar" é desejado e emociona o telespectador mais fiel.
O que me incomoda nesta história é a forma como, após se conhecerem, ninguém mais parece ter real valor para eles. Filhos, irmãos, amigos... todos são amados, sim, porém relegados a segundo plano na vida dos protagonistas. Sei lá... Pode até ser bonito, mas acho estranho!
Sim, é uma novela espírita. Em nada cabe naquilo que creio sobre Deus, céu, inferno, amor...Todavia cria consciência e esperança nos cristãos mais ingênuos ou desinformados que a assistam. Bem, ledores, todo esse papaguear é apenas para manifestar minhas reflexões a cerca do quanto sonhamos encontrar um grande amor e também do quanto ansiamos pela felicidade ao lado de alguém.
Que Deus nos conceda a felicidade desejada! E que a encontremos nos moldes de nossa fé. Fui.
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