O vídeo é da antepenúltima cena do último episódio da última temporada de Desperate Housewives. Essa bela canção de Johnnys Mathis me marcou. Na penúltima cena, as quatro protagonistas se encontram pela para jogar cartas antes que Susan se mude do bairro. Elas se comprometem a uma vez por ano se reencontrarem para o jogo que semanalmente as divertia. A promessa é verdadeira, mas nunca chegara a ser cumprida. Pois cada uma delas se muda de lá e nunca mais acontece um encontro.
O final da série faz um retorno ao enredo da primeira temporada e é cheio de vida, de realizações, de conquistas, de superações. Todavia finda com o realismo da separação. Cada um delas, por mais cúmplices e amigas que tenham sido, acaba rodeada quase que exclusivamente do marido. Isso me fez pensar na fugacidade da vida e das relações.
Acredito que as personagens se gostaram para sempre. Recordaram com carinho uma das outras até o fim da vida. E tiveram muitas e intensas saudades de tudo o que viveram, aprontaram e resolveram juntas. Mas houve um momento na história de vida delas em que a separação foi indispensável.
Fiquei pensando: "a vida realmente é assim?", "são mesmo pouquíssimas as pessoas que vão durar em nossa vida até o finzinho dela?". É quase certo que sim. Bem, ao mesmo tempo que em essa música, que passei a ouvir muito de um ano pra cá, me entristece pela lembrança dos distanciamentos que a vida nos impõe, ela também reforça algo que prego há tempos "como é bom ter amor e carinho para recordar!".
Sim, acredito de verdade que a saudade e as lembranças podem ser carregadas da gratidão e da alegria de saber que amamos e fomos amados. O fim de um relacionamento, de uma proximidade ou de estágio de vida não precisa gerar saudades carregadas de tristeza e de perda, pode gerar saudades sobrecarregadas de alegria e gratidão. Afinal, como é bom poder saber que vivemos momentos bons ao lado de pessoas queridas.
Por fim, vale lembrar que não se pode perder a oportunidade de curtir os momentos e as pessoas que estão conosco hoje. Se um dia serão passado, pois que amanhã nos lembremos de hoje com a satisfação de o termos vivido intensa e saborosamente.
Fui.
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