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É madrugada. Estou sim muito cansado e ao mesmo tempo sem sono. Na TV, The Manhattans cantam "Wish that you were mine". Estou, como sempre, pensando na vida. Nas noites insones da juventude, quando ligava meu Yamaha PSR510 já depois da meia noite, quando todos dormiam, e tocava baixinho "vem espírito, sozinho eu não posso mais..." Tempos bons aqueles. Década de 90.
Muita coisa mudou de lá pra cá: não toco mais teclado! Providencial que agora, a TV, me divirta com Chet Baker. Seu som me traz paz interior. Reflito sobre como é difícil julgar sem possuir parâmetros para tal. E me vejo forçado a admitir que vivi diversas situações inéditas no último biênio. Situações estas, para as quais meus parâmetros se me revelaram deficientes. A vida é maior que eu. O mundo é infinitamente maior do que o pouco que sei. E o humano é incomensuravelmente maior do que qualquer homem.
Assim o existir conscientemente é sempre um salto no escuro. Por mais que se programe o amanhã, ele sempre será dono dele mesmo. Pode livremente fazer-se hoje, adaptando-se a nossos planos, ou, revoltosamente, impor-se contrário a nossos projetos. Cabe-nos lutar pelo que queremos, investir em nossos bons propósitos, buscar o bem almejado, e conquistar tão só aquilo que a história nos permitir.
E o grande desafio na arte de viver é aprender a satisfazer-se, realizar-se, ser feliz, simplesmente vivendo. Encontrar no ser aquilo que se é a razão de ser, de existir. Atingindo tal serenidade interior, o sorriso tornar-se-á perene em nosso rosto, e um brilho especial jazerá eternamente em nossos olhos. Deus nos ajude a chegar lá. Amém.
PS.: Ledores, usei advérbios demais, não? Perdoem-me o fato, por favor. Beijo em cada coração.
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