segunda-feira, 1 de setembro de 2014

TEIMOSIA E CONCESSÕES

eNTÃO...



Em 2010, resolvi não mais rezar missa no Santuário de Schöensatt, em Jacarezinho. Em 2013, resolvi que as atividades lúdico-sociais programadas para comemorarmos o dia do Sagrado Coração fossem canceladas. E jamais disse as razões.

No primeiro caso, voltei ao Santuário um ano depois para reencontrar uma querida amiga de São José da Boa Vista que para lá peregrinara. Algumas pessoas se assustaram quando me viram. Mas acabei, anos depois, rezando duas missas lá. Uma para os carismáticos da paróquia e outra por ocasião da visita da Imagem Peregrina original usada pelo Pozzobon. Concessões nada fáceis, mas ainda bem que feitas.

Quanto ao segundo caso, fiquei feliz quando dois bons amigos me ligaram dizendo: "Padre, o senhor pediu para não perguntar o motivo, mas senti que houve algo grave, e que o está fazendo sofrer. Conte comigo, com meu apoio, com aquilo que for preciso. Estamos juntos.". Não sei se eles lerão este texto, mas com aqueles telefonemas, sem saber, me ajudaram muito. Só Deus sabe a solidão que eu sentia naquela hora.

Bem... Às vezes fico me perguntando por que faço essas coisas. Abraço a responsabilidade e morro com ela se preciso for. Nos dois casos citados, por preferir ser julgado e condenado a criar divisões na comunidade. Na verdade tudo teria sido mais fácil se simplesmente eu tivesse continuado a rezar as missas no Santuário e deixado acontecer o jantar e o almoço programados. Todavia se assim o fizesse, teria sido infiel a mim mesmo e a meus princípios.

Enfim, nessas horas pareço um ditador, teimoso, firme, indobrável. Queria ser diferente. Talvez um dia seja. E neste dia, possivelmente eu não seja mais eu! Ledores, que complicação sou, não? Paciência. Que meus antigos paroquianos me perdoem, e que os futuros não passem pelo mesmo. O pior é que na verdade não sou tão ruim quanto, nessas horas, pareço.

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