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A música diz: "Vocação, é deixar tudo tudo e partir. É tomar sua cruz e seguir na paz infinita de Cristo Jesus". A missa com essas crianças foi especial. A tônica vocacional, presente todo o tempo, fez com celebrássemos o amor de Deus e seu chamado misericordioso. Lançou-me, contudo, a experimentar mais uma vez a tensão da resposta humana.
Não escrevo apenas por mim, pois espero outras pessoas possam se encontrar nesta realidade. O chamado nos coloca, a princípio, diante de um grande ideal: servir a Deus, crendo em seu Reino, e nos dispondo ao necessário para que ele aconteça. O primeiro sentimento, geralmente, é medo. Um temor mesclado com alegria e surpresa. Estas, sem dúvida, pelo mesmo motivo: a inexplicável escolha feita pelo Senhor.
Ainda que o serviço seja simples, em algum momento, ver-nos-emos diante dos limites humanos, nossos e alheios. Não raro a sensação será de acuamento, de caminhar sobre cordas bambas. E o maior desafio será amar, amar sem limites, amar superando a si mesmo, abandonando os próprios orgulhos, para sair de si e ir, por meio da Igreja que intermedeia, ao encontro do Deus que chama.
Meu grande desejo agora é que a Mãe de Deus cuide da caminhada destas crianças. Que cada uma delas possa perseverar, superando os desafios e os limites que se lhes apresentarão. E cheguem, um dia, à glória do céu, com a certeza de terem colaborado com a edificação do Reino de Deus.
Quanto a nós outros, já cicatrizados das peias e laureados de conquistas, sejamos bons exemplos para os infantes que hão de se espelhar em gente tarimbada, experiente e de bom coração como eu e você. Por isso, assim sejamos nós, queridos ledores. Amém.
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