Crônicas à parte, têm me chamado a atenção o fato de que alguns cantores, nas missas, semitonam o tempo todo. Aqui vale afirmar e confirmar que isso não me incomoda. Pelo contrário, estou tentado a dizer que seja quase um estilo de tais pessoas. É a forma como sabem cantar. Ademais, o povo não reclama. Por vezes até elogia.
Vou além em meu comentário desproposital. Tenho a impressão que tais voluntários, mesmo não sendo os melhores cantores, são disponíveis, cheios de boa vontade, desprovidos de estrelismos, e, com sua voz, sustenido acima ou bemol abaixo do que deveria, louvam a Deus com a alma, e tocam o coração de muitas pessoas.
Não quero aqui fazer apologia ao descaso musical e menos ainda menosprezar o aprimoramento melódio, seja de instrumentistas ou de vocalistas. Quem me conhece sabe o quanto prezo pela qualidade musical. Pretendo apenas ressaltar que o mais importante, quando se trata de canto religioso, é a unção. E esta é rara em pessoas cheias de si. Só prega, ou canta, ou toca, na força do Espírito, aquele que admite sua limitação, que pode não ser musical, e se deixa preencher de Deus.
No mais, gosto muito da poesia, quando diz, "o que você não sabe, nem se quer pressente, é que os desafinados também têm um coração ". Sejamos ases das notas ou principiantes nos sons, que Deus nos dê um bom coração em tudo o que fizermos. E claro que essa prece não serve apenas para os envolvidos com o meio musical. Bjs, ledores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário