eNTÃO...
O que pode se esconder sob as linhas que prendem palavras poética ou prosaicamente em nossos lábios? Estava amarrando os textos de preparação para o novenário de São Francisco, mas precisei parar e vir ao blog para escrever. Isso após ouvir, mais uma vez, os versos da canção que questiona "a quem devo gritar pra eu mesma escutar? pra quem devo dizer o que eu mesma escondi?".
Sim, ledores, tais perguntas me incomodam. Penso nas coisas que deixamos de dizer a nós mesmos. Penso nas coisas que escondemos de nós mesmos. Não, ledores, não estou doido. É verídico o que digo. Quantos sentimentos preferimos fingir que não temos? Quantos pensamento são-nos de tal forma escandalosos que preferimos duvidar que os tivemos? Arrisco-me a suspeitar ser enorme o porão em nossa alma, onde estão escondidas verdades essenciais para a libertação tão ansiada que move nossos ideais de felicidade.
É forte a letra ao reconhecer "sou amante das palavras, e feito a samarita, com meu poço já sem água". Creio não ser capaz de transformar em texto o que sinto quando ouço tais palavras tão belamente entranhadas na melodia. Encontro-me nelas, reconhecendo o amor que tenho pela comunicação, por falas bem colocadas, por frases bem escritas. Encontro-me nelas novamente, percebendo o quão aquém estou das expressões que procuro...
Amigos e amigas que dedicam seu tempo à leitura de minhas insanidades textuais, cuidado com os porões em sua alma. Prefiro acreditar que o que há neles é belo, e que, embora o mundo possa não estar preparado para conhecer, ao menos vocês mesmos devem ser corajosos o suficiente para encarar, digerir, integrar. Se não podemos expor tais riquezas à humanidade de nosso tempo, apresentemo-las a Deus.
Seja o que for no recôndito de nós, é nosso, e só isso já faz único, raro, precioso. Feio ou bonito, aceitável ou não, admirável eu repugnante, é nosso! Temos de saber lidar, para sermos plenamente nós mesmos.
Aff.... além de muito, escrevi nada com nada para hoje. Perdão! Perdão! Perdão. Como noutras vezes, prometo melhor no futuro. Beijos em seus corações.
Mais um texto brilhante! Nada a perdoar, caríssimo!
ResponderExcluirAo contrário do que o senhor mesmo definiu o texto, o achei fascinante . Me encontrei nas entrelinhas ,então a partir dele podemos refletir sobre o que vivemos , o que pensamos e até mesmo o que escondemos de nós mesmos.
ResponderExcluirAmei
Ao contrário do que o senhor mesmo definiu o texto, o achei fascinante . Me encontrei nas entrelinhas ,então a partir dele podemos refletir sobre o que vivemos , o que pensamos e até mesmo o que escondemos de nós mesmos.
ResponderExcluirAmei