quarta-feira, 2 de setembro de 2015

MÁSCARAS

eNTÃO...


É bem verdade que compus e gravei essa música há vários. Também é verdade que ela está quase sem produção. Mas a intenção era essa: que ela ficasse com cara de gravação caseira. Um dia hei de gravá-la com os recursos de áudio e as correções de letra que ela merece.

Quem conhece meu CD pode pensar "ele mudou de estilo!". Quem me conhece vai dizer "é bem a cara dele". Desculpem-me, ledores, por fantasiar as primeiras críticas que farão. Não consegui fugir disso.

Pergunto-me se apenas eu me incomodo com algumas das muitas incoerências que vejo por aí e também por aqui. Pior é quando a dubiedade parece tão arraigada na alma daquele que a produz, que revela-se natural, quase que parte integrante daquilo que a pessoa é. Intrigam-me pessoas dizendo o que não pensam, aplaudindo o que desprezam, assentindo para o que reprovam. E tudo mascarado pelo pseudo desejo de evitar o desgosto do outro.

Pior é que, em geral, o outro prefere assim. Viver na mentira é mais fácil que encarar a verdade. Acreditar no que apraz, mesmo que falacioso, concede ao dia a dia uma serenidade cômoda. Enfrentar a realidade ou as diferentes nuances que ela traz consigo exige comprometimento e conversão. Essas coisas doem. E nestes tempos em que o labor faz mal, melhor fugir de qualquer espécie de suador.

Não, ledores, não estou revoltado, nem brabo, nem desabafando. Se eu estivesse "puto" com alguma coisa, reconheceria. Estou apenas redigindo, com sinceridade, o que estou pensando agora. E que bom saber que vocês me entendem.

Grande abraço. Até breve. Fui.



Um comentário:

  1. O texto pode ser ficticio mas, infelizmente essa é uma realidade nua e crua em nosso meio. Belo texto.

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